domingo, 6 de novembro de 2011

Voce

22.08.05

SUA MELHOR AMIGA: VOCÊ. SUA PIOR INIMIGA: VOCÊ! 
Pense grande e acredite: você merece ser feliz. É só não deixar aquele seu lado desmancha-prazeres ameaçar as suas chances de realizar seus sonhos. 

De repente, os ventos começam a soprar a seu favor. O jornal anuncia a venda de um apartamento do jeitinho que você sempre sonhou, com uma entrada do tamanho das suas economias. Ou alguém lhe avisa que aquele curso concorridíssimo está com as inscrições abertas, e é claro que você não vai deixar passar a oportunidade de garantir sua vaga já no primeiro dia. Ou então, numa reunião na casa de amigos, você conhece um homem encantador, que pede seu telefone e promete ligar na semana que vem - olha aí a chance de um encontro superpromissor. Sem falar naquela indicação quentíssima para um emprego que pode alavancar sua carreira de forma meteórica. Mulher sortuda, hein? 

Só que, quando a idéia de assumir o novo compromisso financeiro começa a tomar forma na sua mente, uma vozinha insistente lhe diz que você deveria é dar uma força de grana para sua irmã, que está numa situação difícil. Aí, resolve ajudá-la, fica com a poupança desfalcada e... adeus, apartamento. O curso? Bom, talvez seja melhor esperar o próximo ano - no momento, você anda cheia de trabalho, e responsabilidade é responsabilidade. Aliás, pensando bem, você também não está com cabeça para mudar de emprego agora. Portanto, esquece o assunto "entrevista" e ponto. Bem, resta aquele sonho de homem... Pena que ele seja do tipo executivo, que vive viajando. Certamente, não vai poder lhe dar atenção. Antes nem se envolver do que sofrer depois. Fazer o quê? Mulher que não tem sorte... 

... não está fadada a levar uma vidinha medíocre, sem jamais provar o gosto da felicidade. Se você sempre acreditou que era o contrário, livre-se dessa idéia. O que de fato diferencia as mulheres bem-sucedidas e realizadas é que elas são pouco vulneráveis à auto-sabotagem, uma reação inconsciente que costuma aflorar justamente quando boas oportunidades de sucesso aparecem ou sonhos que acalentamos por muito tempo e que pareciam impossíveis ameaçam virar realidade. 

VIVA O PRESENTE: Já estudada por Freud e hoje tema comum de livros de auto-ajuda e palestras de empreendedorismo, a auto-sabotagem é definida como um boicote que impomos a nós mesmas. Ela sufoca talentos, esconde habilidades, bloqueia iniciativas, acaba com relações amorosas promissoras (ou nem deixa que elas comecem) e alimenta o medo do desconhecido, levando a gente a desistir de conquistar o que deseja antes mesmo de tentar. E o que é pior: geralmente, nem nos damos conta dos estragos causados por essa terrível sabotadora que vive dentro de nós. 

Às vezes, a auto-sabotagem se manifesta como uma preguiça crônica, que faz a gente se acomodar à rotina e às situações conhecidas. Um caso típico é o da mulher solitária que vive se queixando da vida morna que leva. Toda sexta-feira ela decide que, desta vez, seu fim de semana será diferente: vai ligar para os amigos que andam sumidos, ver os filmes que todo mundo está comentando antes que saiam de cartaz, quem sabe até aceite o convite daquela nova colega de trabalho para ir a uma exposição de arte. E, como nos outros fins de semana, ela faz tudo simplesmente igual: fica trancada em casa, com a desculpa que está muito cansada. 

Em outros casos, a auto-sabotagem atua na forma de uma vozinha interior pessimista que, disfarçada de bom senso, alimenta a insegurança e a convicção de que nada vai dar certo. Basta surgir na cabeça uma idéia um pouco mais arrojada para essa desmancha-prazeres logo dar o contra: "Largar um emprego estável para se aventurar a abrir um negócio próprio? É dor de cabeça na certa!", ou "Trate de se contentar com o que você tem, porque fazer MBA no exterior não é para qualquer uma", e por aí vai. A psicanalista Cristina Vendramini esclarece: "Nosso lado sabotador pode se manifestar de maneiras diferentes. Mas ele sempre se instala quando a pessoa não tem um projeto de vida claro e definido. Se você não sabe direito o que quer, ou não estabelece metas a serem alcançadas, não conseguirá criar, perceber ou avaliar as oportunidades que surgirem". 

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